*Fernanda Breda
Foto: Google Imagens |
Foi numa segunda-feira, aquelas bem preguiçosas por ser o
primeiro dia útil da semana. Na aula de psicologia havíamos discutido sobre a
probabilidade de ganhar prêmios na Mega Sena: 1 em 1 milhão. E ainda lembro que
fui uma das pessoas que mais reforçaram a tese de como é difícil ganhar um
prêmio, se este é muito concorrido.
Dias antes, minha irmã havia cadastrado alguns cupons da
promoção da Petrobrás na internet. Nessa promoção, concorria uma chamada “Sala
do Futuro”, e os prêmios seriam: Uma televisão, um home teather, um Xbox 360,
um kinect para o Xbox 360, e um tablet. Confesso que de todos os prêmios, só um fez com que
meus olhos brilhassem: O tablet Galaxy, da Samsung, embora eu sempre tivesse sonhado com um iPad. E entre Galaxy e iPad, qualquer um já me valia.
Naquela segunda, voltei pra casa pensando em Mega Sena,
loteria, e as chances impossíveis de se ganhar qualquer coisa. Pensei ainda na
quantia de gente que aposta, compra Tele Sena e joga no Bicho. E achei uma
estupidez tremenda acreditar na sorte.
Eu não sabia que tudo iria mudar ao chegar em casa. Minha
irmã corria feito louca pela casa anotando dados, procurando documentos e
repassando informações. Não demorei nada pra dizer: - “Desliga esse telefone, é
só pra vender cartão de crédito!” Vendo que ela não deu a mínima atenção para o
meu conselho, resolvi que chegasse à essa conclusão sozinha. Ela demorou uns
minutos até aparecer gritando ofegante:
- A gente ganhou!
- Ganhou o que? Um cartão de crédito para compras nas Casas Bahia? Respondi em
tom de sarcasmo
- Não! Os prêmios da Sala do Futuro da Petrobrás! Nosso cupom foi sorteado!
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Ninguém teve reação. No dia em que os prêmios chegaram, cada
um agarrou um. E o tablet eu ganhei no tapa.
Os tablets nos trouxeram muito no que diz respeito à
praticidade, e peculiaridade de se criar uma biblioteca virtual; com uma
diferença: geralmente gratuita. São milhares de livros disponíveis, e, sendo do
tamanho de uma revista, cabe em qualquer bolsa, podendo ser levado para
qualquer lugar.
Jornais, revistas e livros: Todos em um só lugar. Não há nada
que se compare a emoção de folhear um maço de papel. Porém, com o constante
processo de integração da tecnologia, a literatura não podia ficar fora dessa.
*Fernanda Breda é acadêmica do VI nível de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo da UPF.