sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Disputa não saudável


Débora Padilha de Oliveira*


Você consegue conciliar a correria do dia-a-dia com uma alimentação equilibrada, seguindo religiosamente o que mandam os manuais de alimentação saudável? Se existe alguém assim, me avisa, que quero aprender o segredo.  Esse é um problema que faz parte da minha rotina diária e tenho quase certeza, de todo mundo hoje em dia: o vício de se alimentar mal.

Essa semana, em um status no Facebook, percebi o retrato do que acontece com muita gente: “Fui ao nutricionista e abri meu coração: estou gorda e preciso emagrecer. Ela me disse: -Você é o que você come!. Fui para casa e fiquei pensando: Eu como pizza, churrasco, cachorro- quente, macarronada, empadas, tomo cerveja e bebo caipirinha. Conclusão: Caracaaaa...eu sou muito gostosa!!!”. E ainda se não bastasse, por que tudo que é bom, não é saudável? 
Crédito: Cassiane Seben

Poderíamos associar a má alimentação às precárias condições financeiras ou como uma situação vivida por moradores de países que não possuem alimentos em abundância, mas a má alimentação vai muito além disso! Os hábitos alimentares da era pós-moderna parece que acompanharam a velocidade com que as coisas mudam. Onde os prazos parecem cada vez mais curtos e se briga o tempo todo contra o próprio tempo, adivinha quem acaba ficando em segundo plano? É ela, a alimentação.

Quero aprender uma forma de acordar todos os dias e esquecer que dormi cinco horas, deixar o sono de lado e levantar meia hora antes, para dedicá-la a um café da manhã com todos os nutrientes, carboidratos, vitaminas, proteínas e minerais que o corpo precisa. Depois, ao meio dia, esquecer que tenho apenas 30 minutos para almoçar e comer sem pressa, escolhendo alimentos saudáveis. Já na hora do lanche da tarde, ignorar os 250 e-mails que tenho para responder e sair de frente do computador para me alimentar.

Mas enquanto eu não aprender a controlar a ansiedade, e continuar nesse conflito entre a correria do dia-a-dia e a alimentação saudável, a gastrite que aguente mais um pouco!

*Débora Padilha de Oliveira é aluna de Jornalismo da UPF, VI nível.

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