sábado, 12 de dezembro de 2009

Vendaval

Marcos dos Reis, acadêmico de Jornalismo, VII nível

“Atravessou no meu caminho, feito um vendaval, revirou tudo de perna-cabeça.” Parte da letra da musica Vendaval de amor da Cantora Alcione, Marrom para os mais chegados à cantora popular brasileira.

Belos tempos de outrora, onde podíamos escutar uma boa música no final da tarde de verão quando o sol ia se escondendo por de trás dos morros. Naqueles dezembros onde a criançada brincava sem se preocupar com o dia que estava por vir e os mais velhos contemplavam a natureza com aquele vento que tocava em seus rostos, suave como a pele da moças de mente inocente que passavam a desfilar na praça onde compravam um sorvete na barraquinha para se refrescarem no calor que no passava dos seus trinta graus, saudades que bate em meu peito quando podia ler o jornal que comprava na banca logo ali no final da rua, aonde ia de chinelas e bermudas em muitos do caso até mesmo sem camisa, pois não havia maldade ou malícia na cabeça dos nossos vizinhos.

Lembro do velho João, que reunia as crianças em sua volta, distribuindo balas e contando suas histórias de terror, que um dia os sábios homens do futuro não compreenderiam mais seu planeta, pois, ia acontecer muitas secas, tempestades e vendavais onde tudo viraria de pernas para cima.

Pois é, o velho João que aqui não está mais, para presenciar sua calma rua, hoje alagada com casas destruídas pala ação do vendaval que atravessou nosso caminho, fazendo que as mocinhas da praça hoje corram para a barraca do guarda-chuva, o qual pouco adianta, pois para se proteger da tempestade que rasga seus vestidos, desnudando suas inocências não tão mais inocentes.

Vendaval, hoje já ganha nomes bem piores como tornados ou furacões, saudades do tempo de ir na banca de chinelas, hoje de capa de chuva e botas de borracha, as crianças já não brincam mais, pois estão lutando contra ação devastadora de seus pais contra o planeta. Só saudade dos tempos de outrora, sem vendaval que cortava nossos caminhos.

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